dimanche 23 octobre 2011

Arcebispo Agobard


Tem um caso mim que é realmente muito interessante, é o do arcebispo Agobard. No século IX, em Lyon, havia um religiosos que se chamava Agobard, ele era um homem absolutamente notável. Escreveu uma série de 22 livros - em latin - sobre superstição. Ele era um religioso extremamente cético e racionalista (na medida que um religiosos possa ser); enfim, ele escrevia livros contra superstição. E o seu argumento era: se as bruxas pudessem fazer tempestades, etc, isso retiraria algo do poder absoluto de Deus. Pois Deus seria o unico a controlar os fenômenos atmosféricos e a fazer tempestades, etc, mas as bruxas não poderiam.

E num dos seus livros De Grandine Tonitruis (Do granizo e o trovão) - precisamente sobre os fenômenos atmosféricos - ele narra que um dia algumas pessoas de Lyon conduziram-lhe 4 estranhos indivíduos - 3 homens e uma mulher - acorrentados, que haviam descido de uma estranha embarcação aérea. E as pessoas desta região constantemente viam estranhas embarcações que voavam e que achavam vir da Magonie. A Magonie seria um país mágico que ficava acima as nuvens no imaginário medieval dessa região. Tema do meu livro " Visto para o Magonie" - onde eu agrupo este tipo de testemunho muito comum na idade media, atraves dos arquivos de Igreja.

Agobard fez então um longo discurso dizendo-lhes que, como estas embarcações das nuvens não podiam existir eles deveria liberar essas pessoas estranhas, que falavam esse língua estranha e que se vestiam de forma estranha. Pois a população queria lançar eles vivos e acorrentados no rio Rhône. Mas o que seriam estas embarcações nas nuvens? As pessoas achavam que eles era feiticeiros – e curiosamente essas pessoas tinham como defensor um arcebispo. Bom, casos como esse assemelham-se a conto de fadas. Mas sao fatos históricos que encontramos nos arquivos da igreja. E mesmo nas entrelinhas dos contos de fadas, do folclore, do folclore céltico, por exemplo, encontramos esses estranhos fenômenos…

E claro que havia também a censura da Igreja num sentido mais amplo; o camponês que se encontrava na frente de uma espécie de luz lenticular, com pequenos seres que o levavam para dançar e que perdia 1 ou 2 horas de seu dia sem saber como, etc. não podia contar isso ao padre de sua comunidade, porque ele poderia ser acusado de ter visto o diabo, etc, e aquilo podia terminar muito mal para ele.

Jacques F. Vallée, Ph.D.